A produção de plástico aumentou nas últimas décadas e agora chega a cerca de 400 milhões de toneladas por ano, um volume que deve dobrar até 2040
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, celebrou o acordo para acabar com a poluição plástica até 2024. O texto foi adotado na 5º Assembleia do Meio Ambiente, encerrada neste 2 de março.
Chefes de Estado, ministros do Meio Ambiente e outros representantes de 175 nações assinaram o documento que aborda todo o ciclo de vida do plástico, desde a origem até seu descarte.
Relevância
A diretora-executiva do Pnuma, Inger Andersen, afirmou que o resultado alcançado pelos membros da Assembleia é o mais importante desde o Acordo de Paris sobre Mudança Climática, de 2015.
Segundo a agência, a produção de plástico aumentou, exponencialmente, nas últimas décadas e agora chega a cerca de 400 milhões de toneladas por ano, um volume que deve dobrar até 2040.
De acordo com o Pnuma, o texto deve apresentar alternativas para abordar o ciclo de vida completo dos plásticos, materiais reutilizáveis e recicláveis, bem como a necessidade de colaboração internacional para facilitar o acesso à tecnologia, capacitação e cooperação científica e técnica.
O evento também comemora o 50º aniversário do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, fundado em 1972 na Conferência Ambiental em Estocolmo, tida como a primeira reunião de alto nível sobre assuntos ambientais.
Nações Unidas
A subsecretária-geral das Nações Unidas, Amina Mohammed, participou da Assembleia no Quênia, com lideranças de entidades da ONU e outros parceiros, bem como representantes do governo queniano e delegações que participam do evento.
Em sua rede social, durante a visita, a vice-líder da ONU afirmou que o mundo vive uma tripla crise planetária: clima, natureza, poluição.
Ela adicionou que é tempo de agir, já que o futuro do “povo e do planeta está em jogo”.
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