Chegamos em um momento em que a humanidade consome mais recursos naturais do que a Terra pode renovar em um ano.
Fazendo alusão ao boxe ... o planeta jogou a toalha! Sim, estamos vivendo uma verdadeira inversão de valores no que diz respeito a preservação do meio em que vivemos. Aqui estamos falando da lei da economia clássica, criada por Adam Smith, a lei da oferta e demanda, mas na perspectiva do planeta e de seus ilustres habitantes.
Em apenas sete meses, esgotamos a quantidade de recursos que seria sustentável até dezembro
Em 2024, o Dia da Sobrecarga da Terra aconteceu no dia 1º de agosto - data que simboliza o momento em que a humanidade consome mais recursos naturais do que a Terra pode renovar em um ano. Isso significa que, em apenas sete meses, esgotamos a quantidade de recursos que seria sustentável até dezembro. Este cálculo é feito pela Global Footprint Network, que compara a biocapacidade da Terra com o consumo de recursos e ajusta o resultado para o número de dias no ano.
Dentre muito países, conforme capa, o Brasil atinge esse limite no dia 4 de agosto, próximo à média global, enquanto países como Qatar e Luxemburgo alcançaram a sobrecarga já em fevereiro.
Não há um planeta suplente, é imperativo mudar nossa lógica de consumo
Para equilibrar o consumo atual com a capacidade de regeneração da Terra, seriam necessários 1,7 planetas. Dado que não há um planeta suplente, é imperativo mudar nossa lógica de consumo.
Esse desafio é dilatado por um sistema econômico atual que incentiva o consumo excessivo e o acúmulo de bens. O capitalismo transforma a urgência ambiental em lucro, promovendo produtos “verdes” que podem dar uma falsa sensação de responsabilidade. A solução real é reduzir significativamente o consumo, não apenas trocar de produtos.
É crucial repensar nossos padrões de consumo e adotar uma abordagem mais inclusiva e sustentável
Isso mostra que o consumo excessivo não é um problema universal, pois muitos ainda lutam para acessar o básico. Portanto, é crucial repensar nossos padrões de consumo e adotar uma abordagem mais inclusiva, sustentável e de boas práticas – dentro de uma perspectiva pessoal e ou empresarial - para preservar o planeta e combater a desigualdade.
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